quarta-feira, 31 de agosto de 2011

andarilha




Nos caminhos dos outros fiz descaminhos

Nas curvas dos corpos andei sozinha

No meu próprio corpo impus uma estrada

Derrubei suas entradas...

Deixei sem saída.

Você se atirou, despencou,

Não fugiu!

Prosseguiu.

Eu desesperada quis caminhar em suas estradas

É difícil não ter para onde ir

A mata não foi garimpada

Não lancei vôo, como prometi.

Não traçarei mais caminhos, nem me perderei em descaminhos.

Tampouco andarei os rumos de outros.

Não vou sacrilejar meu corpo com tratores para que possas me encaminhar

Caminhar

Um comentário:

  1. Sincero, pesado, profundo, doce, angustiante, certeiro, correto, ontológico, confuso. Conseguiu colocar muito de si neste escrito. És cada vez melhor na vida e na arte.

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