Nos caminhos dos outros fiz descaminhos
Nas curvas dos corpos andei sozinha
No meu próprio corpo impus uma estrada
Derrubei suas entradas...
Deixei sem saída.
Você se atirou, despencou,
Não fugiu!
Prosseguiu.
Eu desesperada quis caminhar em suas estradas
É difícil não ter para onde ir
A mata não foi garimpada
Não lancei vôo, como prometi.
Não traçarei mais caminhos, nem me perderei em descaminhos.
Tampouco andarei os rumos de outros.
Não vou sacrilejar meu corpo com tratores para que possas me encaminhar
Caminhar
Sincero, pesado, profundo, doce, angustiante, certeiro, correto, ontológico, confuso. Conseguiu colocar muito de si neste escrito. És cada vez melhor na vida e na arte.
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