quarta-feira, 31 de agosto de 2011

deságua


Deseje meu corpo, pois ele arde com suas palavras, sua imagem, seu rosto
Meu corpo se abre com seu olhar na inocente espera de que me possuas

Não podes me possuir, não são coisa que se tenha!
Mas sou corpo que se toca e pega, se penetra
Sou espírito que se alimenta com palavras de desejo Se não me tocas, não me bates, não me comes
Xinga-me, profane minha lembrança, toque seu corpo no mais imundo banheiro de um bar pensando que eu poderia lhe dar lá

Eu saboreio sua lembrança como se meu seio fosse uma boca ávida por alimento

Posso chover só, só de pensar em você

Então rega-me com seu gozo, pois as putas também são flores

E a natureza não faz seu ciclo sozinha
Não me deixe na escassez! Alimente as flores e as putas!
Não permita que eu passe mais uma noite sequer com minhas pernas fechadas Se não podes abri-las, abro para você E quando eu abri-las, não as deixe vazias Há um lugar entre elas, entre nele e afunde

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