sábado, 8 de janeiro de 2011

o ruído luminoso, alto e claro desse sol na minha cara




falando em amor e abstração, pensei em você, pensei que você havia me ensinado o que era o belo com seus cabelos de sol. nunca vi cores, dourados e luzes, todo o cheiro, conforto, tudo que é doce podia estar no seu cabelo se ele estivesse ao sol. pensei que você havia ensinado o belo abstrato, o belo puro e que cabelos ao sol não diziam nada sobre a beleza das coisas. pensei que não tivesse aprendido nada! mas lembrei que a beleza das coisas está no que as torna experimentavéis (essa é minha nova definição de belo e de tudo mais na verdade), que tudo que podia ser visto nos raios de seus cabelos, de seus olhos...toda aquela luz que me lembrou o mel tão desejado pelo urso Puff (tinha muitas lembranças infantis...)tudo só poderia ser visto por alguém que enchesse de significado,por alguém que estivesse apaixonado pelo calor que vinha da cor de seu cabelo, pelo cheiro que exala, cheiro de recordação, cheiro de coisa que se fotografa e se revisita quando tod@s acreditam que sua velhice não lhe permite lembrar de mais nada. quando tod@s esquecerem o que fomos vou lembrar que nunca vi nada mais bonito do que seus cabelos confundidos com o sol.

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